INTENSIDADE DAS TÉRMICAS
Sempre pense numa térmica como a interação entre a fonte de energia e um gatilho, os dois estão intimamente ligados. O gatilho será a fonte de energia com ventos fracos a médios (depende da fonte de energia), isto é, cerca de 15 Km/h. Com ventos mais fortes, o gatilho será uma convergência ou um rotor próximo. O Rotor de uma térmica funciona como um grande gatilho possivelmente por funcionar como um furo nas camadas de ar. A força de inércia do vento é muitas vezes mais forte que o “empuxo” causado pelo aquecimento do ar, ou seja, procure como gatilho um local onde tenha convergência de massas de ar. Tente observar vales onde o vento seja obrigado a contorná-los e se encontrar novamente com o vento principal, isto é um grande gatilho. Um tipo de convergência que não estamos habituados a enxergar é a causada pela massa de ar que caiu depois que uma térmica perdeu sua força. Tente enxergar onde esta massa de ar vai cair. Provavelmente será daí que sairá a próxima térmica; para isto tente ver o lado da nuvem que está caindo, o topo dela é um ótimo indicador da descendente e da próxima termal. Muitas vezes o ar quente escorre até encontrar um bom gatilho; até o calor de uma queimada faz isto. Quando se deparar com uma grade “panela”, tente descobrir por onde o ar frio está entrando; o gatilho provavelmente estará aí. Uma região alagada, como um brejo é um ótimo gerador de térmicas, porém normalmente falta um gatilho, procure por um, pensando no vento como gatilho. Com vento mais forte (acima de 15 km/h) costumo procurar mais no rotor, principalmente se o sol está batendo neste lado, isto acontece muito no Ceará, onde voamos de leste para oeste. Devemos tomar muito cuidado com fortes turbulências encontradas no rotor, pois normalmente elas são mais poderosas que a habilidade de qualquer um de nós! Muito importante também é prestar atenção no lado da montanha que está sendo insolado, pois isto pode mudar todas estas regras. Um efeito importante que deve ser usado é o efeito de vale no final da tarde, onde o ar frio desce pelas encostas de um vale e gera uma convergência no seu centro. As convergências causadas por encontros de massas de ar ou mudanças na direção do vento são muito úteis, mas difíceis de identificar e de permanecer dentro delas. Uma maneira é sempre tentar cair da convergência para um dos lados, assim você saberá para que lado procurar ela de novo.
Principais fontes de Energia
Esta tabela serve de potencial fonte de energia, 10 é o máximo, use o bom senso relação às fontes, ângulo de inclinação em relação ao sol, e instabilidade do dia.
Não se esqueça da interação entre várias destas fontes e os gatilhos.
Fogueiras grandes, como canavial florestas. 10 (atenção)
Dust devil 9
Usinas e fábricas 8
Transformação de fase da água de vapor para liquido (nuvens ativas) 8
Montanhas com pedras viradas para o sol 8
Convergências de massas de ar 7
Arado ensolarado 7
Cidades 6
Umidade no solo 5
Lago 5
Periferia das sombras 5
Brejos 5
Plantações no final da tarde 4
Fontes térmicas para serem usadas no fim do dia
Existem algumas estruturas ou materiais que acumulam mais calor, por exemplo, cidade retém mais ar aquecido entre as casas e prédios e suas faces são verticais, ou seja, aquece relativamente mais à tarde, este calor será desprendido até mais tarde, logo que a atmosfera começar a esfriar, isto acontecera também com plantações mais altas, como milho e pode acontecer com um grupo de árvores mais isoladas. O granito é outro exemplo destas fontes tardias de calor que podemos aproveitara no fim do dia. Neste caso e assim como outros devemos pensar na condutividade do calor no material em questão, por exemplo, a umidade e um grande condutor de calor e normalmente campos mais úmidos são melhores fontes de térmicas.
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